“Todas as palavras de Nossa Senhora são palavras de mãe, desde o momento da “Anunciação até o fim, ela é mãe”. Estas foram as palavras do Santo Padre o Papa Francisco na homilia da primeira Missa celebrada em memória da Bem-Aventurada Virgem Maria, Mãe da Igreja, em 21 de maio de 2018.
Já os Padres da Igreja haviam entendido que a maternidade de Maria era a maternidade da Igreja. O título de Maria Mãe da Igreja tem raízes nos primeiros tempos do cristianismo – e já estava presente no pensamento de Santo Agostinho e São Leão Magno, no Credo de Nicéia de 325, e nos pensamentos dos Padres do Concílio de Éfeso (430) quando Maria foi reconhecida como “verdadeira mãe de Deus”. O título de Maria Mãe da Igreja também esteve presente no Magistério de Bento XIV e Leão XIII.
Mas foi o Papa Paulo VI, no final da terceira sessão do Concílio Vaticano II, em 21 de novembro de 1964, que declarou a Bem-Aventurada Virgem “Mãe da Igreja, isto é, de todo o povo cristão, tanto dos fiéis como dos pastores que a chamam de Mãe amantíssima”.
Mais tarde, em 1980, João Paulo II inseriu nas Ladainhas Lauretanas a veneração a Nossa Senhora como Mãe da Igreja. Com o Decreto “Ecclesia Mater” da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, que foi divulgado em 03 de março de 2018, mas com data de 11 de fevereiro de 2018, ficou estabelecido que a Memória da Bem-aventurada Virgem Maria, Mãe da Igreja seja celebrada na segunda-feira após Pentecostes, com o objetivo de “favorecer o crescimento do senso materno da Igreja nos pastores, religiosos e fiéis, bem como da genuína piedade mariana“. Segundo o Santo Padre o Papa Francisco: “esta celebração nos ajudará a recordar que, para crescer, a vida cristã deve estar ancorada ao mistério da Cruz, à oblação de Cristo no banquete Eucarístico, a Virgem oferente, Mãe do Redentor e dos remidos”.