“O verbo grego “batizar” significa “imergir” (cfr CCC, 1214). O banho com a água é um rito comum a vários credos para exprimir a passagem de uma condição a outra, sinal de purificação para um novo início. Mas para nós cristãos não deve passar despercebido que se é o corpo a ser imerso na água, é a alma a ser imersa em Cristo para receber o perdão do pecado e resplandecer de luz divina (cfr Tertulliano, sobre ressurreição dos mortos, VIII, 3: CCL 2, 931; PL 2, 806). Em virtude do Espírito Santo, o Batismo nos imerge na morte e ressurreição do Senhor, afogando na fonte batismal o homem velho, dominado pelo pecado que separa de Deus, e fazendo nascer o homem novo, recriado em Jesus. Nele, todos os filhos de Adão são chamados à vida nova. O Batismo, isso é, é um renascimento. Estou certo, certíssimo, de que todos nós recordamos a data do nosso nascimento: certo. Mas me pergunto eu, um pouco duvidoso, e pergunto a vocês: cada um de vocês recorda qual foi a data do seu batismo? Alguns dizem sim – está bem. Mas é um sim um pouco fraco, porque talvez tantos não se lembram disso. Mas se nós festejamos o dia do nascimento, como não festejar – ao menos recordar – o dia do renascimento? Eu darei uma tarefa de casa para vocês, uma tarefa para fazer hoje em casa. Aqueles de vocês que não se recordam da data do batismo, perguntem à mãe, aos tios, aos netos, perguntem: “Você sabe qual é a data do batismo?”, e não a esqueçam nunca. E agradecer ao Senhor por esse dia, porque é justamente o dia em que Jesus entrou em mim, o Espírito Santo entrou em mim. Entenderam bem a tarefa de casa? Todos devemos saber a data do nosso batismo. É um outro aniversário: o aniversário do renascimento. Não se esqueçam de fazer isso, por favor.” (P.P. Francisco)